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Como reflexo dos juros mais altos, Bancos Centrais enfrentam prejuízos em seus balanços

Como reflexo dos juros mais altos, Bancos Centrais enfrentam prejuízos em seus balanços

17/04/2024

O combate à inflação decorrente da pandemia de Covid-19, levou os bancos centrais ao redor do mundo para aumentar de forma expressiva as taxas de juros, de forma a frear o depreciamento da capacidade de consumo da população. No entanto, esse cenário se mostrou duplamente negativo para as autoridades monetárias ao redor do mundo. 

Isso ocorreu pois coube aos bancos centrais apoiar financeiramente os programas de apoio financeiro às populações dentro dos países, seja subsidiando os tesouros nacionais ou pagando efetivamente por esses programas. Ainda, os juros mais altos oneraram os títulos públicos de forma expressiva, onde lotes de títulos públicos novos passaram a ter um juros maior, o que na rolagem das dívidas (refinanciamento), gerava um passivo mais alto ainda. 

O FED, ao divulgar seu balanço mais recente, em março de 2024, informou prejuízo de cerca de US$7 bilhões de dólares. O valor, que contabilmente, conseguiu ser alocado de forma a não prejudicar as operações da Autoridade Monetária dos EUA.  Ainda, a solidez do país, mitiga qualquer dano à reputação do FED. 

Contudo, outros países também tiveram resultados negativos,onde a Turquia é um destaque, ainda que negativo. Ainda que tenha mantido taxas de juros baixas, o Banco Central local iniciou um programa de proteção das poupanças, onde a Autoridade Monetária recompunha o saldo dos correntistas, adicionando juros às aplicações de poupança, de forma a anular o impacto da inflação no poder de compra da população. 

No entanto, o programa, além de ser ineficiente, gerou ao Banco Central da Turquia, prejuízo de US$25 bilhões de dólares, cerca de 818 bilhões de liras turcas. O resultado, além de reverter tendência de lucros nos balanços da Autoridade Monetária, trouxe problemas práticos e de imagem ao país. Inicialmente, o Banco Central irá renunciar a  realizar uma transferência para o Tesouro Nacional da Turquia, diminuindo o rol de medidas que o governo turco pode tomar para combater a inflação, que hoje é de 68,50% em 12 meses. O segundo problema, é que esse resultado afeta a imagem do Banco Central da Turquia perante os investidores, que perderão a confiança no país, o que levará a um aumento do valor do prêmio a ser pago aos investidores, na emissão de novos lotes de títulos públicos.

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Por Pedro Guedes
Com informações de: Valor Econômico, Foreign Policy
Com imagem de: GBX
 

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