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Como é medido o tamanho de um banco no Brasil?
25/01/2024
Para o cidadão brasileiro médio, é comum a percepção que existam poucos bancos, dado o fato de ele ter contato com os 5 maiores players do mercado, algum banco público regional existente e mais recentemente, os bancos digitais. Contudo, tal visão é incorreta, dado o fato de que boa parte das instituições acreditadas como "Banco" pelo Banco Central não atuarem diretamente com o varejo.
A partir disso, pode ser surpreso que em um país com dimensões continentais como o Brasil, haja apenas 155 bancos segundo a Febraban, entidade que reúne em seu quadro de associados, 119 bancos brasileiros. Esse descompasso entre a percepção do cidadão médio e a realidade, é resultado do fato que a grande maioria dos bancos brasileiros opera focado ou em investimentos, ou crédito para pessoa jurídica ou em serviços muito específicos, como câmbio e gestão de patrimônio.
De forma a gerenciar essa massa de instituições bancárias de forma eficiente, o Banco Central do Brasil divide esses bancos e outras instituições financeiras autorizadas, em 5 grupos, em um sistema de classificação chamado de "Regulação Prudencial". Neste sistema, cada nível do sistema pressupõe uma série de requisitos de regulação e requerimentos mínimos de capital que um Banco ou Instituição Financeira deve cumprir para estar apta a operar.
O grupo chamado de S1, constitui-se das Instituições com porte maior ou igual a 10% do PIB brasileiro, ou atividade internacional relevante. Aqui se encontram os 5 grandes bancos múltiplos do mercado brasileiro, como BB, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander, com a adição do BTG Pactual, que cresceu de forma excepcional nas duas últimas décadas. Esses bancos seguem as regras mais rígidas e devem implementar completamente as diretrizes das Recomendações de Basileia, que são um conjunto de acordos de auto regulação, publicados entre 1992 e 2011.
Os grupos S2 a S5, caracterizam-se por conter respectivamente, bancos públicos regionais e de fomento, bancos de investimento, bancos de nicho e instituições financeiras não bancárias, ordenadas de acordo com sua participação no PIB, indo de porte de Bancos de tamanho inferior a 10% do PIB e demais instituições com tamanho superior a 1% do PIB (para os Bancos de nível S2), até porte igual ou inferior a 0,1% do PIB (S3 a S5). Os Bancos propriamente ditos se encontram até o S3, devendo cumprir regulação mais rigorosa que instituições financeiras não bancárias, como Instituições de Pagamento (IPs) e Sociedades de Crédito Direto (SCDs), que se encontram nos segmentos S4 e S5.
Essa divisão é feita de forma a trazer segurança ao mercado, mas sem onerar excessivamente novas empresas com insights novos ao mercado, trazendo ao público opções e uma relação de melhor custo-benefício aos consumidores.
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Por Pedro Guedes
Com informações de: Banco Central do Brasil, Febraban
Imagem:GBX
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