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Número de transações via Pix supera marca de três bilhões e novos debates se iniciam
08/06/2023
O Pix é o principal meio de pagamento dos brasileiros, fato esse que se demonstra com o recorde de utilizações em março deste ano. Segundo dados divulgados nesta semana pelo Banco Central do Brasil (BACEN), ocorreram três bilhões de operações no mês de março, marcando a primeira vez em que o sistema registra esse número em transações mensais.
O crescimento ocorreu após dois meses de quedas no volume de utilizações do Pix, o qual entre janeiro e fevereiro, a quantidade de transferências ficou em torno de 2,5 bilhões. Os atuais números comprovam a popularização dessa modalidade no país que, desde 2021, se tornou o principal meio de pagamento dos brasileiros. Além dessa publicação, o BACEN divulgou uma pesquisa que indica que o Pix é o segundo sistema de transferências instantâneas mais utilizado no mundo, com o Brasil perdendo apenas para a Índia.
Em 2022, o Pix atingia 29,2 bilhões de transações, detendo 15% das operações deste tipo em todo o mundo. Ainda, no ano passado, as transações cresceram mais de 220% no Brasil, enquanto na Índia, cresceu apenas cerca de 75%. Além da Índia e do Brasil, outros países se destacaram na pesquisa, como a China com crescimento de 0,9%, a Coreia do Sul que cresceu 9,6% e, por fim, a Tailândia com aumento de 63,4% em 2022.
Dessa forma, ao mostrar o panorama internacional, é possível evidenciar o quanto o Pix se tornou uma política pública bem-sucedida e que vem impactando as relações da sociedade positivamente, trazendo eficiência, transformação e redução dos custos para o país. Logo, em menos de três anos, ele desbancou diversas opções de pagamentos mais tradicionais, como cartão de débito, boleto, TED, DOC.
Contudo, mesmo com a sua popularidade, o Banco Central do Brasil ainda possui planos para trazer ainda mais funcionalidades e atualizações para a ferramenta. As discussões permeiam temas como “pix automático” e o “pix internacional”, além da proposta do banco Itaú para a criação de um Pix Offline, permitindo o login dos usuários no banco com autorização para a realização das transações sem a necessidade do uso da internet. Ainda assim, teria um sistema de segurança e um valor limite de transações, mas conseguiria auxiliar o acesso da população com conectividade precária ao sistema, substituindo o pagamento por Qr Code e introduzindo o via NFC (pagamento por aproximação).
Por Ana Carolina Callegaro
Com informações de Exame, Agência Brasil e BACEN
Imagem: GBX
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