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Em um possível prenúncio de crise, a We Work deixa de pagar seus aluguéis no Brasil
02/07/2024
Desde o final da pandemia de COVID, com a tendência do público economicamente ativo procurando trabalhar em home office, a empresa especializada em coworking WeWork, vem enfrentando sérios problemas financeiros. Enquanto a receita com o aluguel dos espaços diminuiu drasticamente, os custos com a locação de prédios em regiões nobres de cidades como São Paulo, Londres e nos EUA, se manteve alto, impactando a saúde financeira da empresa.
Em 2023, a WeWork Inc entrou em Recuperação Judicial, chegando a acordo com seus credores, majoritariamente imobiliárias e fundos de investimento, para reestruturar suas dívidas. Até aqui, os resultados da empresa estadunidense em sua recuperação judicial se mostram positivos, com expectativa de a empresa sair do processo em curso em 2024.
No Brasil, a filial local da WeWork, fruto de uma joint venture com o SoftBank, se mostrava apartada dessa situação. Fundada em 2021, a WeWork LATAM era a responsável pelas operações da marca no Brasil e em países da América Latina. Na ocasião da recuperação judicial, a WeWork LATAM referiu que essa situação não afetava as operações no Brasil e nos países vizinhos.
Agora, a situação WeWork LATAM chama a atenção, principalmente pelo paralelo com os problemas enfrentados pela sua matriz, em 2021. No início de julho de 2024, 5 fundos de investimento imobiliários (FIIs) relataram aos seus quotistas e ao mercado, que a WeWork LATAM não realizou o pagamento do aluguel de vários imóveis em São Paulo.
Como resultado, cerca de 231 mil quotistas tiveram seus rendimentos afetados. O prejuízo causado aos fundos varia de - R$0,05 centavos a R$0,15 centavos por quotista. Enquanto os fundo de investimento imobiliário afetados pelo não iniciaram as tratativas de cobrança extrajudicial, os Agentes de Mercado se perguntam se a filial latino americana da WeWork irá seguir os passos de sua matriz e o quanto de prejuízo dos FIIs que locam espaços para a empresa terão neste cenário.
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Por Pedro Guedes
Com informações de: Infomoney
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