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Debêntures e seu papel no acesso ao crédito.
06/02/2024
Dentro do mercado financeiro, é comum que empresas realizem a abertura de capital, captando recursos, ao custo de, às vezes, incorporar novos sócios ou acionistas. Ainda, é requerido que a empresa se adeque a uma série de regras corporativas e de gestão, o que encarece e retarda o processo de abertura de capital. Uma forma mais simples e barata de acessar capital ao mercado, é por meio de debêntures.
As debêntures, conhecidas juridicamente no Brasil como Obrigações, são títulos de dívida que uma empresa oferece a investidores, onde em troca do valor emprestado na compra do título, o investidor recebe uma remuneração e ao final do prazo estipulado, o valor inicial. As debêntures podem ser ofertadas publicamente apenas por empresas de capital aberto e que estejam registradas junto a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Já empresas de capital fechado, necessitam da aprovação do Conselho de Administração ou órgão equivalente e a captação ocorre via oferta privada apenas.
O uso de debêntures traz várias vantagens aos investidores e às empresas emissoras do título, como por exemplo, uma remuneração mais interessante para o investidor que demais títulos de renda fixa. Ainda, as empresas conseguem captar crédito no mercado com menores custos e maior prazo de pagamento.
Entretanto, cabe destacar que a aquisição de debêntures traz alguns pontos de atenção, como a nota de risco de crédito que a empresa emissora possui, onde ofertas interessantes de empresas mal avaliadas possuem alto risco de inadimplência. Ainda, é de se observar a saúde da empresa emissora, que junto com a nota de risco, são os principais elementos que um investidor deve estudar antes de investir em debêntures.
Já a empresa deve cuidar de definir que tipo de prêmio ela vai pagar para os investidores e o tempo de duração do contrato. O tipo de rendimento a ser pago pode ser fixado, pré-fixado, pós-fixado e híbrido. Ainda assim, as debêntures são uma boa opção para investidores que procuram maiores rendimentos, mas sem perder a segurança dos instrumentos de renda fixa.
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Por Pedro Guedes
Com Informações de: E-Estadão; Valor Econômico
Imagem: GBX
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