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Como os 4 principais Bancos brasileiros se comportaram na atual temporada de balanços? Parte 2
09/02/2024
Na segunda parte da pequena série sobre a temporada de balanços dos principais bancos brasileiros, trazemos os resultados de Bradesco e Banco do Brasil, que divulgaram seus resultados trimestrais nos últimos dias. Com essas divulgações, os principais bancos encerram sua participação na temporada de balanços e começam a aplicar suas estratégias corporativas.
No dia 07 de fevereiro, o Bradesco divulgou seu balanço ao público e aos investidores, onde se aferiu lucro líquido recorrente de R$2,88 bilhões, com alta de 80% em relação ao quarto trimestre de 2022. Contudo, o consenso dos Agentes de Mercado era de lucro maior, no valor de R$ 4,57 bilhões. Foi observado Retorno sobre Investimento 32% menor, correspondendo a um total de 10%.
Como resultado, o banco amargou um dia ruim na bolsa de valores, perdendo R$ 24 bilhões em valor de mercado, com queda de quase 16% no pregão de 07 de fevereiro. Mesmo com o Bradesco apresentando guidances conservadores para faturamento, e planejamento corporativo para o quinquênio (5 anos), a empresa não empolgou os analistas e investidores. Ao menos, a posição de segundo maior banco privado do país auxiliou a segurar a recomendação das ações em casas especializadas, que pela solidez da instituição, mantém o banco com a sinalização de "em linha com o mercado" (equivalente a um papel neutro).
Já o Banco do Brasil, que divulgou seu balanço na manhã do dia 09 de fevereiro, trouxe números positivos, mas com Agentes de Mercado observando até que ponto esse resultado é fruto das operações correntes do BB. Isso ocorre pelo fato que mesmo com lucro líquido ajustado de R$ 9,4 bilhões, cerca de 4,8% superior ao mesmo período de 2022 e acima da previsão de analistas em R$ 9,1 bilhões, o Banco do Brasil se beneficiou do lucro do Banco Patagônia, do qual o BB é acionista e trouxe lucros de R$ 2,4 bilhões.
Com o lucro obtido, o ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) do banco subiu para 22% , com alta de 1,2% frente ao trimestre anterior. Ainda, as despesas de provisão foram mais altas que o esperado, em cerca de 38%, dado ao aumento nos riscos no segmentos de pequenas e médias empresas. Já a inadimplência, mesmo com alta em relação ao trimestre anterior, perfaz 2,92% da carteira apenas, fazendo do BB, o banco com menor taxa de inadimplência entre os 4 maiores bancos com participação na B3 e de acordo com os resultados, um dos mais lucrativos.
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Por Pedro Guedes
Com informações de Valor Econômico, Infomoney
Imagem: GBX
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